RESENHA DA SEMANA

sábado, 31 de julho de 2010

Vai Começar

Estamos há poucos dias de começar a campanha eleitoral na tv. Vamos começar a assistir as histórias que os políticos nos contam e nós, muitos de nós, acreditam que o próximo presidente vai melhorar as coisas, que o próximo governador vai tornar nosso estado mais eficiente e os deputados que elegermos vão acabar com os desvios financeiros que existem hoje e tudo vai ficar muito melhor.
Esta eleição, para presidente da república está focada entre Dilma e Serra, com Marina correndo por fora, mas com pouca credibilidade, embora dos três é a única que ainda se salva. Desde o fim do regime militar e após o advento das eleições diretas que elegeram Collor, nossa política vem apresentando um nível tão alto de corrupção que nossos eleitores já nem têm noção do que estão fazendo. A imprensa faz sua parte, denunciando os corruptos, mostrando imagens contundentes de fraudes, mas os eleitores, dão a estes corruptos o direito de voltar à vida pública com a anuência do povo.
Cada vez que votamos em um político que foi acusado de corrupção, mas foi salvo pelo corporativismo da cassação, nós estamos dando a um ladrão o direito dele continuar roubando com a permissão do nosso voto. Então o eleitor é o juíz mas responsável pelos atos dos políticos.
Porque será que nossos eleitores votam em pessoas tão desonestas? Porque somos analfabetos políticos? Nossa educação é tão voltada para outros assuntos que não mostra o que é política e não ensina como deve ser nosso voto? O povo brasileiro é tão bonzinho ao ponto de dar perdão a quem rouba seu próprio dinheiro?
A primeira coisa que acabaram quando acabou o regime militar foi com a Educação Moral e Cívica e a Organização Social e Política do Brasil, matérias que ensinavam política, mesmo que de forma errônea, e civismo. Para os ufanistas com a nova democracia, isto era lindo, mas ali estavamos perdendo muito do nosso patriotismo. Hoje algumas escolas têm como matéria a ética e o que isso adianta? Pode ser que as crianças que estão aprendendo ética hoje, ao se tornarem eleitores, podem tentar mudar um pouco os rumos de nossa nação, mas eu acho difícil.
Todos os candidatos vão falar dos mesmos temas e vão mostrar na tela que tudo vai ficar melhor com ele ou ela, mas no fundo tudo vai ficar igual. Continuaremos com a mesma educação frágil, os pobres vão continuar se iludindo que R$ 100,00 (cem reais) os tirou da miséria, mais gente vai ser incluída no Bolsa-família, para ter mais gente pra votar no bem aventurado daqui há quatro anos novamente, os ladrões, com o concentimento do eleitor que vai colocá-los lá de volta, vão continuar a roubar descaradamente e assim seguiremos até quando Deus, em sua infinita sabedoria, para quem acredita, quiser.
É triste chegar a uma conclusão assim, mas esta é a nossa realidade: nosso povo não é preparado para desbancar os corruptos. O novo conceito de família brasileira, com duas mães, ou dois pais, ou só um ou outro, ou nenhum dos dois, não tem condições de formar pessoas de opinião. Hoje cada um no seu quadrado e os outros que se virem. As escolas se sentem acuadas. Os professores estão cada vez mais desestimulados para dar aula e as aulas estão péssimas. Nossas crianças e pré adolescentes não sabem ler. Chegam ao final do ensino fundamental sem conseguir articular um texto que lhes é apresentado, mas o governo diz que estamos com mais crianças na escola, que o índice de abandono escolar diminuiu com o fim da reprovação e a ducação está muito bem. Da parte da saúde eu nem vou falar, porque todos estão vendo então só nos resta ir para a urna depositar nosos votos e ver, a partir de 01 de janeiro as mesmas pasmaceiras de sempre.
Renato da Conceição filho. Um brasileiro.

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